Você já parou para pensar em como as crianças entendem os mandamentos da Bíblia? Muitos deles são bem claros: não matar, não roubar, não contar mentiras… Mas e quando chegamos ao décimo mandamento? “Não cobiçarás”. Parece um pouco mais abstrato, não é? Afinal, como explicar para uma criança o que significa não cobiçar?
A verdade é que a cobiça não está apenas nos livros de história ou em situações distantes da nossa realidade. Ela aparece nas pequenas coisas — até mesmo entre crianças! Quando um coleguinha ganha aquele brinquedo novo e especial e todo mundo quer também; quando sentimos uma pontinha de ciúme porque outro foi escolhido para ser o líder da turma; ou quando ficamos emburrados porque não temos o celular mais moderno da sala. Esses sentimentos podem parecer inofensivos, mas no fundo estão relacionados ao que Deus nos alerta no décimo mandamento: não devemos desejar exageradamente aquilo que não é nosso.
Deus conhece nossos corações. Ele sabe que a cobiça pode nos levar por caminhos tortuosos: nos deixa insatisfeitos, faz com que nunca estejamos contentes com o que temos e até pode nos afastar dos outros (e d’Ele também). Por isso, aprender sobre esse mandamento vai muito além de simplesmente “não querer o que é do outro”. Aprender a valorizar o que já temos enche o coração de gratidão e traz um sentimento de plenitude, tanto para adultos quanto para crianças.
Nesta aula especial para o culto infantil, vamos nos aprofundar nesse tema tão importante. Vamos entender o que significa “não cobiçar”, conversar sobre como a cobiça aparece no dia a dia das crianças e descobrir juntos como lidar com ela de uma forma que agrada a Deus.
O que significa “Não cobiçarás”?
O décimo mandamento é apresentado em Êxodo 20:17 e diz:
“Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.”
Mas o que isso significa na prática? Será que Deus está apenas dizendo para não querermos as coisas dos outros?
Na verdade, a palavra cobiçar vai além do simples desejo ou admiração. Não há problema nenhum em olhar algo bonito e pensar: “Que legal!” ou até mesmo desejar ter algo parecido. O problema acontece quando esse desejo se transforma em insatisfação com aquilo que já temos ou cresce tanto dentro de nós a ponto de tirar nossa paz. É como se quiséssemos tanto algo que passamos a ignorar tudo o mais — até mesmo nossos valores e relacionamentos.
Pense assim: se você vê alguém com um brinquedo muito bonito e começa a reclamar porque você não tem um igual (ou até fica bravo com essa pessoa), isso já é uma forma de cobiça. Deus nos deu esse mandamento porque Ele quer proteger nosso coração dessa armadilha. Quando vivemos cobiçando as coisas alheias, acabamos esquecendo de valorizar aquilo que já temos — sem contar que podemos acabar prejudicando os outros (ou até nós mesmos) quando deixamos esse sentimento crescer.
Como explicar isso às crianças?
Para ensinar isso às crianças, uma boa ideia é usar exemplos do dia a dia delas. Pergunte:
- “Você já viu alguém ficar chateado porque outro ganhou algo especial?”
- “Já aconteceu de você querer muito um presente igualzinho ao de um amigo?”
Esse tipo de conversa ajuda as crianças a identificarem situações em suas próprias vidas onde podem ter sentido algo parecido com a cobiça. E acima de tudo, mostre às crianças que Deus nos deu este mandamento porque nos ama. Ele sabe como é ruim viver querendo sempre mais e nunca estar satisfeito. Ao invés disso, Ele deseja encher nossos corações com contentamento — aquela sensação boa de saber que temos exatamente aquilo de que precisamos no momento certo.
A cobiça nas pequenas coisas
Costumamos pensar na cobiça como algo grandioso: desejar a casa enorme de alguém ou invejar um carro caro. Mas, na vida das crianças (e até na dos adultos), ela geralmente começa nas pequenas coisas.
Exemplos do dia a dia
- Na escola, quando alguém tira nota alta e os outros preferem criticar ou desdenhar (“Também… só vive estudando!”).
- No parquinho, quando alguém pega primeiro aquele balanço favorito e surge aquela vontade quase irresistível de tirar essa pessoa dali.
- Em casa, quando percebemos que nosso irmão ganhou mais atenção dos pais naquele dia — e isso nos incomoda profundamente.
Em cada uma dessas situações podemos perceber o início da cobiça: ela nasce daquele sentimento insatisfeito dentro de nós quando olhamos para as bênçãos recebidas por outra pessoa. É natural que as crianças tenham dificuldade para perceber esses momentos sozinhas; por isso, precisamos mostrar a elas como reconhecer e valorizar essas situações.
De onde vem a cobiça?
A cobiça não aparece do nada. A Bíblia nos ensina que “o coração é enganoso acima de todas as coisas” (Jeremias 17:9). Em outras palavras, a origem da cobiça está dentro de nós.
Pense em um balão vazio. Quanto mais você sopra ar nele, maior ele fica; e se você continuar soprando sem parar, o balão estoura. Algo semelhante acontece quando deixamos a insatisfação crescer dentro do nosso coração. Mesmo quando já temos muitas coisas boas — brinquedos, amigos, amor da família — facilmente nos esquecemos disso porque estamos olhando só para o que não temos.
Esse sentimento muitas vezes começa quando paramos de confiar em Deus. Quando nos esquecemos de que Ele é nosso provedor e sabe exatamente o que precisamos, começamos a pensar coisas como “Por que só eu não tenho isso?” ou “Se eu tivesse aquilo, seria mais feliz!”. Mas precisamos lembrar uma verdade simples: Deus sempre sabe o que é melhor para nós, e no tempo certo, Ele nos dá tudo do que realmente precisamos.
A história de Acabe e Nabote
Um exemplo clássico na Bíblia de alguém que deixou a cobiça tomar conta é o rei Acabe. É uma história intrigante que envolve um rei poderoso, um homem simples e… uma vinha.
Acabe era rei de Israel e tinha tudo o que um governante poderia desejar: terras, riqueza, poder. Mas mesmo assim, ele queria algo que não era seu: a vinha de um homem chamado Nabote. Nabote amava sua terra porque era uma herança dada por Deus à sua família. Mas Acabe simplesmente não podia suportar ouvir não. Ele ficou tão bravo e insatisfeito que foi para casa emburrado como uma criança.
Então entrou em cena Jezabel, a rainha, com um plano maligno para tirar a vinha de Nabote. Por fim, Acabe conseguiu aquilo que tanto desejava, mas pagou caro por isso com consequências sérias vindas da justiça de Deus.
A moral dessa história? Quando deixamos a cobiça tomar conta do nosso coração, acabamos machucando a nós mesmos e os outros. As crianças podem aprender uma lição preciosa aqui: não vale a pena trocar o contentamento pela cobiça. O preço sempre é alto demais.
Como cultivar um coração contente
Agora que sabemos como a cobiça é perigosa, como combatê-la? A resposta está em duas palavrinhas mágicas: contentamento e gratidão.
Quando aprendemos a ser gratos pelo que já temos, deixamos menos espaço para a insatisfação crescer dentro de nós. Em vez de olhar para o que não temos, focamos no quanto Deus já foi generoso conosco. É como puxar uma lanterna numa sala escura; de repente, as sombras da cobiça somem.
Atividades práticas
- Incentive um “Diário de Gratidão”. Todos os dias, as crianças podem escrever ou desenhar três coisas pelas quais estão gratas.
- Faça uma atividade no culto infantil: peça às crianças para encontrar objetos ao redor da sala que representem algo pelo qual são gratas (por exemplo: uma peça de roupa pode lembrar o conforto do lar).
Com essas práticas simples, o coração delas já vai começar a mudar.
Confiar em Deus: A grande lição
Se precisar guardar só uma coisa dessa aula, que seja esta: podemos confiar na provisão de Deus para nossas vidas. Às vezes sentimos que precisamos “do próximo brinquedo”, “da próxima roupa” ou “do próximo título” para sermos felizes — mas isso não é verdade. Quando aprendemos a depender da bondade d’Ele, até as coisas mais simples passam a trazer alegria ao nosso coração.
Para encerrar, faça uma oração com as crianças pedindo um coração cheio de contentamento e gratidão. Lembre-as do quanto Deus já fez por elas e do quanto Ele ainda fará!
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